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Pela primeira vez, lucro do Facebook ultrapassa Google

Esta semana, Google e Facebook reportaram resultados do segundo trimestre do ano, encerrado em 30 de junho. Pela primeira vez na história, o Facebook lucrou mais que o Google.

Superando expectativas dos analistas, o Facebook alcançou uma receita de US$ 9 bilhões, uma alta de 45% em relação ao mesmo período do ano passado. O balanço do segundo trimestre foi revelado pela gigante de mídia social na quarta-feira (26). Já o lucro líquido no período foi de US$3,8 bilhões, avanço de 71% comparado ao mesmo trimestre do ano anterior.

Pela primeira vez, o Facebook teve lucro superior ao Google, que apresentou lucro de US$ 3,5 bilhões no segundo trimestre por conta da multa salgada de US$ 2,7 bilhões paga à União Europeia por abuso de poder econômico, estabelecida pelos órgãos antiruste. A Alphabet, do Google, por sua vez reportou na segunda-feira (24), um salto de 21% na receita trimestral, que atingiu US$ 26 bilhões.

Confira os destaques do balanço trimestral e seus impactos no horizonte do Facebook:

- Aproximando o mundo: a rede social soma atualmente 2 bilhões de usuários em todo o mundo, segundo o CEO Mark Zuckerberg, enfatizando, durante conferência com analistas, que a empresa segue focada em “aproximar o mundo”. O número de usuários diários ativos subiu 17% no trimestre, para 1,3 bilhões; já o número de usuários mensais ativos saltou na mesma proporção, para 2 bilhões.

- Mobile e vídeos - estrelas em ascensão: a receita publicitária mobile respondeu por 87% da receita do segundo trimestre, acima dos 84% do mesmo trimestre do ano passado; já o vídeo continua como uma das prioridades da empresa, tanto que todos os apps receberam recursos novos para a câmera, como as novas possibilidades de efeitos para a câmera do Instagram ‘Stories’ (que já é utilizado por 250 milhões de pessoas diariamente). O Instagram já tem gerado uma receita significativa para o Facebook, impulsionada por sua popularidade entre os jovens. Além disso, a expectativa é que essas plataformas ofereçam cada vez novos recursos nas câmeras, incluindo experiências de realidade virtual.

- Anúncios em mensagens: a head de pesquisa e análises do ExchangeWire, Rebecca Muir, lembra que a RCB Capital Markets estima que Messenger e WhatsApp (que alcança 1 milhão de bilhão de usuários diários atualmente) vão gerar milhões de dólares para o Facebook nos próximos cinco anos. Dessa forma, ela pontua que a empresa já vem oferecendo anúncios nessas plataformas, iniciando o roll-out global de anúncios no Messenger e testes de ads no Marketplace - uma seção de compra e venda no app. Sem contar a oferta de anúncios mid-roll nos vídeos hospedados no Facebook.

- Desafios de monetização: tendo em vista a queda no número de usuários e desktop e remoção da barra lateral de anúncios, o desafio do Facebook será monetizar os anúncios em vídeo, que acabam por fazer que o usuário passe mais tempo no mesmo ponto da tela, restringindo a área para publicidades.

- Conteúdo e IA: a inteligência artificial é a nova aposta da companhia nos horizontes. Tanto que Zuckerberg enfatizou aos analistas a expectativa de que a tecnologia seja utilizada na moderação de conteúdo do Facebook, eliminando conteúdos ofensivos, sugerindo conteúdos relevantes aos usuários e melhorando o target dos anúncios.