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Sem pessimismo: programático será 35% dos gastos com display na América Latina

Por Gabriela Stripoli

Que o Brasil, México e Argentina são os líderes do mercado de mídia programática, nesta ordem, não é novidade. Mas é interessante olhar para alguns números do mercado para entender melhor a dimensão dessa realidade, sobretudo após uma provável onda pessimista com a divulgação da queda de 0,2% do PIB brasileiro no segundo trimestre deste ano.

Em primeiro lugar, é preciso esquecer a ideia de que são mercados muito pequenos dentro da cadeia de display. RTB e não-RTB serão 35% de todas as compras de display na América Latina em investimento -- e isso já ao fim desde ano. Em apenas quatros anos, essa proporção deve subir para 61%.

Os números são de estudo recente da Magna Global, apresentado pelo CEO da PubMatic, Kirk McDonald, no IAB Ad Tech & Data, em agosto. O trabalho também destaca que a participação de RTB no mercado latino-americano ultrapassará 25% até 2017 -- ainda que não represente os 40% dos Estados Unidos e Europa ocidental, é uma alta significativa em um período tão curto de tempo.

Ainda, os maiores mercados de RTB vão perder um pouco do terreno, mas isso não representa uma retração, apenas uma alta mais acelerada de países como a Colômbia, que devem alcançar os patamares que hoje são ocupados por Brasil e México.

Regra de bolso: o Brasil representa o mercado dominante na região, com mais da metade dos gastos com mídia programática. No total, o ano deve fechar com US$ 836 milhões investidos no setor, alta de 67% em relação ao ano passado.Isso é bem acima da média global, cuja taxa de crescimento composta anual (CAGR) é de 31% até 2017, ou 38% para RTB no mesmo intervalo.

O trabalho foi conduzido com executivos de trading desks, DSPs, veículos e outros dados previamente pesquisados pela companhia.