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Indústria fala sobre ad blockers; WPP compra agência de mídia programática

No giro de notícias da semana, os destaques do ATS London, que reuniu a indústria na última segunda; a mudança no comando no Buscapé, cujo CEO renunciou em comunicado no seu LinkedIn; WPP compra a Jussi, especializada em marketing de performance e mídia programática; classe C e dados de navegação; e, por fim, resultado financeiro da Teads.

ATS Londres: Ad blockers, confiança e dados

Aconteceu na última segunda-feira (14) o ATS London, que motivou diversas discussões sobre o mercado de mídia programática e anúncios digitais. Parte do evento evento foi transmitida via Periscope — e também muito foi pro Twitter (já segue a gente?).

Alguns destaques do evento:

Terry Kawaja, fundador e CEO do Luma Partners, apresentou em seu keynote o complicado cenário de players do mercado ocidental com base no LUMAscape. O destaque ficou para uma convergência de ad tech a caminho do mar tech. “Empresas de ad tech precisam se reinventar para mar tech. Uma das razoes dessa convergência é evidente quando você pensa o funil de conversão. Você tem duas fontes de dados, DMPs e CRMs”, disse.

Ele também sublinhou as diversas fusões e aquisições, até porque o cenário atual é extremamente fragmentado — o que não facilita o desenvolvimento do mercado. “Foram 32 operações só em vídeo nos últimos dois anos. E está acelerando, vamos ver mais disso”.

A mensagem deles para as agências? “O que acontece se elas não acompanharem tudo isso: elas vão morrer”, concluiu, taxativo.

Sem sombra de dúvidas o painel que discutiu o uso de bloqueadores de anúncio foi o mais agitado. A audiência escolheu ad blockers, mas veículos escolheram não dar acesso a quem usa ad blockers. Foram discutidos modelos que dividiram os participantes, como inibir acesso a usuário que usa bloqueadores de anúncios; a opção de pagamento por conteúdo para o usuário que não deseja ver publicidade.

Roi Carthy, CMO da Shine Technologies; Ben Barokas, CEO da Sourcepoint Technologies; Dan Smith, diretor da Wragge Lawrence Graham & Co LLP; e Ian Curtis, gerente de produto de anúncios da Telegraph Media Group foram moderados por Jim Edwards, editor-fundador da Business Insider, que não deixou de participar do debate.

O próximo ATS acontece em Nova York, em Novembro.

WPP adquire agência Jüssi

O Grupo WPP anunciou a segunda aquisição da semana — a compra da Agência Ideal foi seguida pela aquisição da Jüssi, agência de mídia programática e marketing de performance. O nome da empresa será mantido.

Os clientes da agência incluem Amazon, Decathlon, Fnac, Terra, entre outros. A Jüssi entra para a rede Ogilvy com a Ogilvy&Mather, Principal Negócio, David, Nine, Etco e Foster.

O valor da compra não foi divulgado, e a aquisição foi justificada com o foco no investimento em tecnologias digitais do Grupo WPP.

Classe C se afasta da internet móvel

Estudos envolvendo hábitos da classe C sempre chamam atenção de anunciantes e marcas pelo enorme potencial dessa faixa consumidora. Um deles, realizado pela TVxtender, desanima um pouco os investimentos digitais, mostrando baixa utilização de internet móvel por essa camada da população no Brasil — ainda que represente 54% dos internautas do país.

Segundo o material, 71% dos consumidores da classe C possuem baixa propensão a se conectarem com internet na rede de celulares. 53% preferem o desktop, em casa ou no trabalho.

O celular é preferido apenas para ações mais rápidas, como navegar em redes sociais ou se comunicar com os amigos via aplicativos.

O estudo foi feito com base nos dados da própria plataforma, somando 94 milhões de pessoas no país, e cruzados com outras fontes de dados.

Buscapé tem novo CEO

O CEO do Buscapé, Romero Rodrigues, anunciou a saída da empresa por meio de um artigo no LinkedIn. O executivo designou o comando da empresa a Rodrigo Borer, na empresa desde 2008, e há cinco anos à frente da operação brasileira da companhia.

Segundo o texto, Rodrigues ainda vai participar indiretamente da empresa com orientações aos executivo no comando. Ele não revela se assumirá uma posição oficial no Buscapé ou em outra companhia.

O texto comenta das dificuldades de fundação do comparador de preços no Brasil. “Os varejistas resistiam em compartilhar conosco a lista de preços para publicarmos na Internet e permitir ao consumidor comparar suas ofertas com as dos concorrentes. Quando não batiam o telefone na nossa cara, “vocês estão loucos!” era a reação mais branda que ouvíamos”, escreve. Ele ainda compara o Buscapé no setor de comércio eletrônico com o papel do Uber no mercado de taxis ou o do Airbnb para a hotelaria.

Leia o texto aqui.

Ambientes privados puxam receita da Teads

A Teads divulgou nesta semana a alta de 300% na sua receita neste ano, considerando a comparação de janeiro a agosto com o mesmo período do ano passado. A empresa atribui à alta em ofertas em ambientes privados em mesas de grandes agências.

O leilão aberto, embora mais tímido, também registrou alta, esclarece a Teads.