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Mobile commerce cresce acima da média

A economia brasileira dá sinais de reaquecimento no primeiro semestre no ano, o que, por sua vez, reflete no crescimento do comércio digital. Nesse período, o ecommerce avançou 7,5% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo R$21 bilhões, segundo o relatório Webshoppers 36 da Ebit, que traz uma análise sobre a ascensão do mobile nesse mercado. 

O primeiro semestre registrou 3,9% de aumento no volume de pedidos no comércio eletrônico (para 50,3 milhões), em comparação com o mesmo período dos dois anos anteriores, enquanto o tíquete médio subiu 35,5% para R$418. De acordo com o levantamento da Ebi, a variação do tíquete médio só não foi maior devido à forte queda dos preços dos produtos na internet de 5,38%, conforme apontou o Índice FIPE Buscapé para os últimos 12 meses terminados em junho de 2017.

Dentre os motores desse crescimento, está o investimento nas vendas via marketplace, o aumento do número de lojas de ecommerce e, sobretudo, o aumento das vendas via dispositivos móveis.

O m-commerce segue crescendo acima da média do mercado. Mesmo que as vendas via desktop ainda sejam predominantes, com mais de 75% das transações, o uso de smartphones para fazer compras na internet saltou 56,2% no semestre. Considerando apenas as vendas via dispositivos móveis, o crescimento no número de pedidos foi de 35,9% - um share de 24,6% de todas as vendas do mercado.

“Isso mostra que os consumidores continuam investindo em aparelhos com mais funcionalidades e modernos, o que viabiliza essa migração do comportamento de consumo”, afirmou André Dias, COO da Ebit, em comunicado. Cerca de 25,5 milhões de consumidores realizaram pelo menos uma compra virtual no primeiro semestre do ano, um aumento de 10,3% em comparação com 2016.

Para Pedro Guasti, CEO da Ebit, a mudança no ranking das categorias mais vendidas em dispositivos móveis é consequência do foco das empresas em aprimorar a experiência mobile do consumidor. Tanto que, pela primeira vez, a categoria Telefonia e Celular entrou para o ranking das cinco mais vendidas. “Muitas empresas estão melhorando seus sites responsivos e apps e ainda oferecendo vantagens comerciais para alavancar venda dos smartphones”.

O comércio eletrônico faturou R$93,5 bilhões em 2016, praticamente dobrando de tamanho em quadro anos. A Ebit calcula em um crescimento ainda mais no segundo semestre, em torno de 12% a 15%, impulsionado por datas como Black Friday, Natal e Dia das Crianças. A expectativa da empresa é que mercado volte a registrar expansão de dois dígitos, com projeção ajustada para 10% no crescimento acumulado no ano.