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O futuro da publicidade automatizada

O Advertising Week Europe 2016, realizado essa semana em Londres, promete ser um ponto de encontro das mentes mais brilhantes do mundo publicitário, com muito combustível para conversas, experimentos e inovações interessantes. Neste artigo, Oli Whitten, chefe de negócios internacionais da Rubicon Project, faz um resumo das principais novidades e tendências que estarão em foco ao longo do evento.

Assim como acontece no Festival de Publicidade de Cannes, a influência da tecnologia publicitária no setor está cada vez mais evidente nos últimos anos. Enquanto o casamento entre criatividade e tecnologia se solidifica, empresas de ad tech passam a ter um importantíssimo papel nesses eventos globais. Também estamos vendo agências criarem um braço dedicado à tecnologia e ao marketing orientado por dados: o mais recente empreendimento desse tipo é a nova rede de agências de mídia Hearts & Science, da Omnicom, lançada na semana passada.

A automação publicitária é o coração dessa união entre tecnologia, dados e criatividade que está derrubando as barreiras que antigamente separavam os canais de mídia. Essa ideia, combinada à união dos criativos e dos tecnólogos, mostra que estamos descobrindo potenciais para algumas das mais interessantes propostas de publicidade já vistas até hoje.

Na Ad Week Europe deste ano, apresentamos um painel chamado “O Futuro da Automação”. Embora a publicidade “programática” em desktops e dispositivos móveis tenha roubado a cena nos últimos anos, essa modalidade é apenas uma parta de uma tendência de mídia mais abrangente da automação publicitária, que vem se revelando em diferentes facetas nas diversas mídias. Os mercados publicitários de rádio e TV, mídias externas e mídias digitais estão vivenciando uma revolução desencadeada pela tecnologia de consumo, pelo advento do Big Data e avanços na tecnologia publicitária.

Durante o painel, foram apresentados cases de empresas inovadoras que atuam em cada um desses canais, como é o caso da emissora Sky, que está levando novos ares a um setor cheio de desafios trazidos por mudanças tecnológicas que estão alterando o comportamento do consumidor. A tecnologia AdSmart da Sky permite que as marcas veiculem anúncios automatizados e segmentados com base nos pontos de dados e dados de assinatura coletados em cada residência que usa o serviço.

Outro destaque foi o Spotify, que veicula anúncios programáticos em áudio na versão gratuita do serviço de streaming. Já players como a Clear Channel e a Brightmove estão adotando soluções de tecnologia automatizada, como o Bitposter, para automatizar a negociação de mídias externas. Por fim, os dados de localização transformaram-se na bala de prata dos profissionais de marketing, e a xAd vê o incrível potencial do uso desse tipo de dados e dos recursos mobile para veicular todos os tipos de mídia a consumidores em todos os ambientes.

Estamos testemunhando uma enorme revolução nas mídias “tradicionais”, algo que tende a perdurar por algum tempo. O vídeo acima mostra um futuro bastante real de um horizonte “omni-channel”, no qual os planejadores/compradores de mídia do futuro podem planejar, executar e refinar campanhas de forma centralizada, em tempo real e em diversos canais. E, embora ainda não tenhamos chegado lá, estamos nos aproximando cada vez mais desse futuro incrível!