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Dispositivos móveis ‘sequestrados’ custam US$ 857 milhões aos anunciantes

A divisão de pesquisa do ExchangeWire traz alguns dos últimos relatórios comentados por Rebecca Muir, líder da área. Além do levantamento sobre o custo de aparelhos móveis hackeados, uma pesquisa aponta alta de 333% no investimento em anúncios rich media.

Fraudes, de novo elas

A receita global perdida como resultado de fraudes in-apps ultrapassará US$ 1 bilhão, de acordo com uma pesquisa da Forensiq (em inglês). A empresa cobriu um novo tipo de fraudes de anúncios chamadas ‘sequestro de dispositivos móveis’, ou mobile device hijacking. São quando as aplicações móveis rapidamente carregam anúncios escondidos e emulam comportamento humano. Essa modalidade afeta 12 milhões de aparelhos no mundo todo, e 13% do inventário in-app pre-bid.

Android tem a maior taxa de fraude in-app (14,8%), seguido do iOS (11,7%) e Windows (8,8%). O custo dessa técnica é estimado em US$ 857 milhões por ano.

Apenas 10-20% dos anúncios mostrados por aplicativos fraudulentos são visíveis, com apps maliciosos abrindo 20 anúncios por minuto quando escondidos. Para consumidores, a técnica pode fazer um aparelho desperdiçar 2 Gb por dia.

Crescimento de três dígitos em programático rich media

O mercado europeu de mídia programática cresceu 76% na comparação ano a ano, puxado pela elevação de 333% em rich media, segundo o relatório da Adform sobre RTB (em inglês) no primeiro trimestre desse ano. Viewability na Europa é de 55%, 0,7% abaixo do que foi registrado no mesmo período do ano passado. Taxas de engajamento caíram em 33%, com o tempo de engajamento do consumidor caindo de 13,9 segundos para 12,7 segundos.

A maioria do investimento em anúncios (75,5%) vai para formatos desktop, abaixo de 77,2% do ano passado. Mobile respondeu por 12,2% do total, alta de 8,8% na mesma base comparativa. A quantidade de inventário negociado via programático aumentou 76% ano ano enquanto o CPM médio subiu 42%. O custo por clique (CPC) em marketplaces privados é agora 31% maior que em leilões abertos.

Martin Stockfleth Larsen, CMO da Adform, comentou: “Ambos anunciantes e publishers estão abraçando os avanços da indústria… executando cada vez mais campanhas sofisticadas que levam a resultados excelentes”.

Apps: maior parte do tráfego móvel

Globalmente, os aplicativos móveis recebem a maioria do tráfego (55,9%) e receita de anúncios (70,9%), de acordo com o estudo ‘Estado dos Anúncios Móveis'(em inglês)  da Mediaworks. África e Oriente Médio levantam essa tendência, com impressões web respondendo por 95% e 70% do tráfego, respectivamente. Isso pode ser atribuído à infraestrutura de banda larga e penetração de smartphones nesses mercados, como citado no The Mobile Africa Study 2015.

Android também fica no topo do tráfego com 63,7% de participação de mercado, comparado com 22% do iOS. Contudo, sobre receitas, o Android passa o iOS apenas com 47,7% versus 47,2%. O iOS fica na frente em performance de vídeo com a maioria das impressões (56,6% versus 42,8%) e maior taxa de vídeos vistos completos (87,2% versus 76,7%).

Instagram deve superar Google e Twitter

Nos Estados Unidos, a receita de display móvel do Instagram deve passar a do Google e a do Twitter em 2017, de acordo com o eMarketer (em inglês) . As receitas globais de anúncios do Instagram são projetadas a alcançar US$ 595 milhões neste ano, puxadas pela alta demanda de consumidores e a chegada de novos produtos de anúncio. A receita total mobile do Instagram deve atingir US$ 2,81 bilhões em 2017, ou 10% do total da receita do Facebook.

Texto originalmente publicado no ExchangeWire UK em 30 de julho de 2015.