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Microsoft sai do mercado de anúncios; CTR sobe 70% com targeting

No giro de notícias desta semana, falamos sobre a Microsoft abandonando as operações de anúncios em nove mercados, incluindo o Brasil. Além disso, a mudança no marketing da Dafiti com a saída do diretor de Marketing, Gabriel Porto; uma análise do mercado latino-americano com destaque para o Brasil em mobile, vídeo e principalmente os impactos da crise nas agências e orçamentos de mídia; e recente pesquisa da TailTarget, que mostrou elevação na performance de campanhas segmentadas na internet. 

Microsoft deixa ad tech

A grande notícia da semana é o anúncio da AOL e da Microsoft que tira a fabricante do Windows do mercado de anúncios, com a AOL assumindo a responsabilidade de todo o negócio de inventário display, mobile e vídeo em nove mercados: Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Espanha, Japão e, como já dizemos, o Brasil.

A Microsoft também anunciaram a extensão de seu acordo exclusivo de programático em 10 mercados, somando a união agora em 39 países.

Com isso, a AOL vai gerencial todo o inventário vendido um a um da Microsoft, enquanto a AppNexus tomará conta do negócio de programático. Em outras palavras: a Microsoft sai do mercado de anúncios.

Contudo, a líder de pesquisa e análise do ExchangeWire, RebeccaMuir, olha para as decisões de negócio da Microsoft e levanta a hipótese que a Microsoft Cloud pode chamar atenção de volta em algum estágio.

“A Microsoft investe significativamente em anúncios de TV para seus serviços de nuvem. E serviços em nuvem não é pelo que a empresa é reconhecida”.

A empresa consolida sua marca por programas para Windows, MSN e Bing. O que nós poderíamos estar observando é uma tentativa para a microsoft reposicionar sua marca, argumenta ela. Como ad tech e martech cada vez mais cruzam fronteiras, poderemos ver um retorno. Leia mais sobre o assunto aqui (em inglês).

Com informações do ExchangeWire UK.

América Latina: enorme oportunidade em mobile e TV

Em entrevista ao eMarketer, Maren Lau, CMO do IMS Internet Media Services, deu um retrato analisado do mercado de mídia digital para a América Latina em termos de audiência e crescimento. Com uma cada vez maior audiência móvel -- que geralmente evolui diretamente de celulares comum, pulando o passo de compra de desktops ou laptops -- ela enfatizou oportunidades de serviços de geolocalização e anúncios, especialmente em plataformas mobile-first.

Publicidade em TV e vídeo também foram um dos principais pontos como grandes oportunidades para plataformas tecnológicas e anunciantes, com uma forte demanda por ter operações locais para superar desafios de precipitação e impostos. Em linha com a cobertura recente do ExchangeWire Brasil, programático vídeo tem sido uma das áreas de grande destaque, com empresas como TubeMogul, Teads e DynAdmic iniciando e consolidando operações locais nos últimos dois anos. No mês passado, ainda, AppNexus também lançou sua plataforma de vídeo globalmente, chegando no Brasil no mesmo momento que em mercados maduros com grandes expectativas, especialmente após a compra da RealMedia Latin America.

Ainda, o mercado está ciente que o PIB brasileiro não está crescendo tanto quanto nos últimos anos. Como tendência, o orçamento de anúncios também segue esse padrão e cai. Contudo, Lay enfatiza que o digital ainda está crescendo no país em termos de market share de outras mídias, com muito interesse em programático -- bem acima de outros países na região.

Leia entrevista completa (em inglês) no site da eMarketer.

Gabriel Porto deixa a Dafiti

Gabriel Porto, diretor de marketing da Dafiti Brasil, deixa a posição após mais de três anos no cargo. O executivo esteve à frente de um dos cases mais comentados no mercado, com sequenciais divulgação dos resultados de campanhas sazonais com base em dados.

O executivo assume a vice-presidência de marketing da VivaReal, portal de anúncios no setor imobiliário. A empresa atua em 14 cidades, acumulando 1,8 milhão de anúncios em todo o país e 6 milhões de visitantes mensais.

Até a publicação desse texto, a assessoria da Dafiti não informou quem assume a posição.

TailTarget: CTR pode aumentar até 70% com segmentação de audiência

Uma análise realizada pela Tail Target em 80 milhões de impressões de banners em 42 campanhas mostrou que entregas segmentadas por audiência são mais eficientes em até 70% em CTR.

“Não apenas supera largamente a ausência de segmentação como também garante aumento perceptível à segmentação por conteúdo”, explica Cristiano Nóbrega, CEO da Tail Target. Segundo ele, o CTR é 15% superior ao que seria alcançado em uma campanha segmentada apenas por conteúdo.

Ainda, a segmentação por audiência apenas, excluindo conteúdo, pode elevar o CTR em 5%. Para Nóbrega, isso demonstra que o contexto onde a campanha é veiculada também tem um impacto importante na busca por maior relevância dos anúncios. “Portanto, embora a segmentação de audiência tenha se mostrado mais eficiente, a utilização combinada das duas formas de segmentação pode proporcionar a melhor otimização em favor dos anunciantes”, conclui.